Azul no Azul por Mat Oxley

Nas últimas quatro corridas Jorge Lorenzo foi mordendo pedaços de tamanho de tubarão de Valentino Rossi 28 pontos, para ser exato. Com sete rodadas realizadas e 11 para se realizar, ele ta a apenas um ponto atrás de seu companheiro de equipe e pronta para matar. Talvez o ímpeto de Lorenzo seja imparável ou talvez Rossi pode mudar.

O campeão nove vezes já esteve aqui antes. Caminho de volta em 2009, ele comparou Lorenzo e os outros a tubarões. "Se eu não sou forte, eu sei que eles vão me comer em uma mordida", disse ele. "Eles olham para mim com um pouco de sangue que flui e talvez eles pensam, OK, agora é a hora."

No ano passado, Rossi reinventou a si mesmo, aprender uma nova maneira de equitação, mais do que de Lorenzo de Marc Márquez. Quando ele voltou para a Yamaha o italiano estudou dados de Lorenzo e trabalhou como um funcionário novo. No domingo, o ritmo era de apenas 0,03 segundos uma volta atras de Lorenzo, mas mesmo isso não é o suficiente quando ele está por trás de 1,3 segundos após a terceira volta.

Lorenzo disse na Catalunha: "O Valentino é um piloto de domingo". Então é isso que Rossi precisa fazer, ele precisa aprender como se tornar um piloto de sábado, aprendendo a habilidade precária de sair dos boxes e atacar a primeira curva como se fosse a última, mesmo que os pneus não estejam na temperatura ideal.

Esta habilidade alguns podem chamá-la de um salto monumental da fé - que tem Lorenzo. Na qualificação ele monta fora do pitlane e explode em ação; ele não trabalha o seu caminho até a velocidade ao longo de algumas voltas. E ele faz o mesmo na corrida.

Lorenzo não foi sempre assim. Ele também teve de aprender essa habilidade, porque foi assim que Casey Stoner bateu nele. Há alguns invernos atrás Lorenzo passou grande parte lutando uma guerra psicológica, com ele próprio: o cérebro diz para não fazer e o ego diz que você deve fazer. Durante todo o teste, ele se arremessou fora das covas, coração na boca, e foi arremessado para as primeiras curvas como se o campeonato do mundo dependesse disso, e agora naturalmente ele faz.

Rossi sabe há séculos que é isso que ele também precisa fazer. Na verdade, ele tinha tentado aprender seguindo Lorenzo fora das covas, mas ele não pode coincidir com a velocidade instantânea de seu companheiro de equipe. Ele ainda precisa ir se sentindo confortável para chegar a velocidade máxima, o que não funciona com o formato de qualificação de 15 minutos.

Então, o que precisa mudar: a sua equipe precisa dar-lhe um set-up especial que vai fazê-lo mais rápido na qualificação, ou a mudança precisa vir de dentro ?

Estes dias, os técnicos de MotoGP mudaram muito pouco para a qualificação. Tudo o que fazem agora é encher o tanque de combustível de 20 litros de um quarto completo. Eles acrescentam um milímetro de pré- carga sobre os garfos dianteiros, porque quando os pilotos estão perseguindo esse último centésimo de segundo eles costumam fazê-lo até o pé no freio. E talvez eles vão adicionar um milímetro de pré- carga no amortecedor traseiro, por causa das cargas extras criadas pelo cavaleiro usando mais do acelerador em um pneu novo.

Na verdade a questão toda é para mudar a moto tão pouco quanto possível, porque corridas de moto é toda sobre a confiança. O piloto precisa ser tão íntimo com o seu set -up que ele sabe o que sua máquina fará antes que ele faça - que é como ele se sente confortável sobre o limite absoluto. Se a tripulação modificar radicalmente o set -up, na esperança de uma volta mais rápida de qualificação o piloto provavelmente será mais lento porque ele não é íntimo com o set-up.

Talvez a equipe de Rossi precise mudar seu global set-up, para uma configuração de suspensão ligeiramente mais macia, como Lorenzo. Mas eles ainda têm diferentes estilos de pilotagem - Lorenzo fica morto ainda na moto enquanto Rossi se move ao redor muito mais.

De alguma forma, Rossi deve encontrar o que ele precisa de dentro, o que parece uma grande pergunta para alguém que já foi a braços com esse problema por vários anos.

Mas pelo menos ele ainda está na luta pelo título, ao contrário da Honda, cujo Campeão do Mundo marcou exatamente a metade dos pontos de Lorenzo. Dependendo de quem você fala no pitlane, o problema de Marc Márquez é tanto a falta de aderência mecânica ou falta de peso do volante.

A idéia do volante é plausível porque um volante de luz faz com que o motor girar muito rapidamente quando o piloto abre o acelerador, o que faz com que as rodas patinem. E quando o piloto fecha o acelerador o motor é desligado muito rapidamente, fazendo com que a roda traseira seja bloqueada. Estes sintomas coincidem exatamente com os comentários de Márquez .

Há alguns anos, o HRC teria ordenado estas questões em nenhum momento. Na era de dois tempos que acalmou o motor da NSR500 adicionando inserções de tungstênio para o volante. Mas o desenvolvimento do motor é proibido agora: todos os motores são selados na primeira corrida, por isso não são permitidas alterações e não há caminho de volta para o motor do ano passado.

Se o peso do volante é o problema, então HRC podem tentar compensar adicionando à massa (cassete) ou caixa de câmbio de ignição pick-up, mas não é fácil de fazer uma grande diferença aí.

Se o problema for aderência mecânica, então talvez a 2.014 chassis que Márquez tentou após o GP catalão vai resolver os problemas.

Mas mesmo que Márquez começa ganhando agora, é certamente tarde demais para isso hat-trick título. Lorenzo, de acordo com o seu venerável chefe de equipe Ramon Forcad , não é mais confuso, como ele era no início da temporada, quando vários gremelins desestabilizaram ele.

Desde então, ele tem sido pura perfeição: um registro da era moderna de 103 voltas na liderança e o mesmo número de vitórias na categoria rainha como Mike Hailwood. No ano passado, nós estávamos em uma espuma sobre Márquez ganhar dez consecutivas; que chance Lorenzo tem este ano?