quinta-feira, 16 de abril de 2015

Previa Gp da Argentina por Juliana Tesser


Palco do primeiro GP fora da Europa na história do Mundial de Motovelocidade, a Argentina recebe neste fim de semana a 12ª corrida de sua história — a segunda na pista de Termas de Río Hondo. A primeira prova no país do Tango aconteceu em 1961, na capital Buenos Aires.

Estreante do roteiro do certame do ano passado, a pista da província de Santiago Del Estero foi projetada pelo italiano Jarno Zaffelli e tem 4,8 km de extensão. O layout comporta cinco curvas para a esquerda e outras nove para a direita, com sua maior reta medindo 1.076 m.

Assim como Austin, que recebeu a etapa passada, a pista argentina é razoavelmente exigente com os freios, com sua freada mais crítica na curva cinco, onde a velocidade cai de mais de 330 km/h para 75 km/h em um espaço de 320 m.

Na teoria, tal layout favorece as Yamaha, que historicamente são melhores em curva. Ano passado, entretanto, a Honda conseguiu um 1-2 em Termas de Río Hondo, com Marc Márquez recebendo a bandeirada com 1s837 de vantagem para Dani Pedrosa.

Embora a marca da asa dourada tenha registrado uma dobradinha em uma pista que teoricamente favorece o time dos diapasões, a história do Mundial 2015 é um pouco diferente daquela que foi contada no ano passado.

Ao contrário do que aconteceu em 2014, quando a diferença entre Honda e Yamaha era maior no início do ano, hoje os dois times começaram mais próximos e com Valentino Rossi em grande forma. A prova de Austin foi um exemplo disso Jorge Lorenzo não começou o ano mal, mas tem faltado sorte ao bicampeão da MotoGP.

Com a YZR-M1 mais próxima da RC213V, Rossi e Lorenzo conseguem brigar com Márquez mais facilmente, mas, agora, a disputa que antes envolvia os quatro fantásticos — #93, #46, #26 e #99 — hoje tem também a presença da Ducati.


Depois de anos de martírio, a fábrica de Borgo Panigale acertou no projeto da GP15 e voltou à briga. A empolgação era palpável após o GP do Catar, mas o bom desempenho do GP das Américas provou que a nova Desmosedici veio para ficar.

Desta vez, porém, a Honda vai desfalcada para Argentina. Ainda se recuperando de uma cirurgia no antebraço direito, Pedrosa foi substituído por Hiroshi Aoyama, o que, na prática, deixa Márquez sozinho para defender a honra de fábrica japonesa.

Ano passado, Dani estabeleceu o recorde da pista em 1min39s233, mas a expectativa dos projetistas é que esse tempo baixe até a casa de 1min35s. Os tempos serão melhores este ano, pois, além de acompanharem o aumento do ritmo da categoria, vão sofrer o feito do maior uso da pista, que deixa o asfalto em melhores condições.

No primeiro GP realizado em Termas de Río Hondo, a diferença separando os pilotos do top-18 foi de 56s57, o que representa apenas a segunda vez nos 66 anos de história do Mundial de Motovelocidade que os primeiros 18 colocados terminaram a corrida separados por menos de um minuto.

Em suma, a Argentina preparou uma boa pista para receber o Mundial e, com a MotoGP com o grid mais forte de sua história, o GP do fim de semana deve ver duelos intensos.


E o Brasil nada

13 comentários:

  1. Outro prenúncio de corridaça!

    Vai dar Marcquez!

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  2. Pow, fui dar uma olhada nos comentários do antigo mundomoto e ao que parece, estão ficando mais espaçados...

    O mais engraçado é que o mais recente é do Emers (16 de abril de 2015 às 15:47)...aí tu olha um pouco para cima e para a direita e vê a foto de quem vibrando???

    Pedrosa!

    Pow, rindo muito. Dá para fazer várias brincadeiras com o colega dos parenteses ))))))))!!!!

    Hehehe. Emers, pula logo pra cá de vez camarada.

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  3. Palpite pra corrida pré treino :

    MM
    Lorenzo
    Rossi

    Lorenzo vai correr com uma certa pressão, tem que somar no mínimo 20 pontos nessa etapa ou o gap vai ficar cada vez mais difícil de reduzir. O campeonato é longo mas ficar pra trás também nessa etapa seria um péssimo negócio. Refaço o palpite depois dos treinos.

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  4. Abandonado mundo moto. Agora é aqui a nova casa

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  5. Estou sentindo cheiro de Lorenzo na corrida. Não sei se vai vencer, mas no mínimo vai voltar a ser competitivo e brigar pela vitória contra os top´s.

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  6. E seria ótima a vitória. Seria o 3º piloto em 3 provas. Sensacional !!!! Muito longe da mesmice do ano passado.

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  7. Não duvido que seja outro passeio, Marques perdeu no Qatar mas venceu muito fácil no Texas, torço contra mas acho que leva essa fácil

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  8. istema de qualificação de 15 minutos recentemente introduzido de MotoGP não é uma coisa fácil. Mesmo Rossi admite que levou pelo menos um ano para situar sua cabeça em torno dele. Somente aberrações da natureza (que são Márquez e Casey Stoner, principalmente) podem subir em uma motocicleta elevá-la ao limte na borda direto do pitlane. A maioria dos pilotos precisa construir até atingir essa velocidade, precisa ter uma conversa entre si, a moto e a pista antes que eles se sintam confortáveis o suficiente para começar a dançar.
    Márquez já estava dançando e já na pole quando seguiu para os boxes no meio da sessão de qualificação 2 para receber um outro pneu traseiro: gloriosamente novo, gloriosamente pegajoso e pronto para ser queimado até o inferno pela mão do acelerador em questão de minutos. Sua tripulação puxou a moto para o motor auxiliar de arranque. O mecânico Roberto Clerici puxou o gatilho, a moto falhou e, em vez disso deu um retrocesso de volta em Clerici. Eles tentaram de novo, a mesma coisa.
    Quando algo assim acontece com a maioria dos pilotos, o seu estado de fluidez o seu estado de estar ali, é um caos. Eles não são mais um piloto, eles são apenas alguém em pânico.
    Mesmo o problema aparentemente menor problema, como o extravio uma luva por 30 segundos durante o processo de se vestir para a batalha, pode ser o suficiente para dissolver a frieza de um piloto e explodir o seu foco. É por isso que a maioria dos pilotos têm rituais muito rigorosos para colocar o equipamento - eles precisam passar por exatamente os mesmos movimentos de cada vez, ou eles não podem habitar esse lugar especial em que eles precisam estar.

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  9. Precisa dizer mais nada.

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  10. Precisa dizer mais nada.

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