Luigi Dall'Igna em entrevista ao Corriere dello Sport

Em Austin, os dois Desmosedici pararam logo após a linha de chegada, não por falta de gasolina, como já mencionado, como foi confirmado pelos dois pilotos e agora por Luigi Dall'Igna.

"Quando há pouco combustível no tanque a sua temperatura sobe rapidamente, formando um vapor e acontece um fenômeno de cavitação que é a forma de vapor para a gasolina que não permite que a bomba puxe corretamente (A cavitação é um fenômeno originado em quedas repentinas de pressão, geralmente observado em sistemas hidráulicos. Na engenharia hidráulica e na engenharia mecanica é grande a preocupação com a cavitação, assim como com a abrasão das areias e demais sedimentos transportados pela água no interior debombas e turbinas). Foi um problema que nós já sabíamos com a GP14, e a GP15 é menos pronunciado, mas não excluída. Quando voltar a Itália vou verificar esta desvantagem, já era esperado porque a moto é completamente novo e poderia surgir eventos inesperados"

Na Argentina a Ducati vai tentar resolver o problema. Essa parece ser uma conseqüência das altas temperaturas de operação do motor Ducati.

"Temos a certeza de ter um maior fluxo de ar entre o motor e o tanque e a entrada de ar no lado esquerdo da qual se fala muito não tem nada a ver. É verdade, no entanto, que o nosso motor pode funcionar com a temperatura do líquido de arrefecimento superior a 100 ° e com o GP14 foi bastante normal para o fazer. Agora vamos trabalhar com temperaturas mais baixas"

O engenheiro não revela muito os segredos da Desmosedici, mas não pode esconder a satisfação com a forma como o fizeram nas duas primeiras corridas.

"No Qatar, poderíamos ganhar, em Austin, a situação era menos clara, porque tivemos pouco tempo disponível. Estou feliz com a maneira como eles têm se comportado a moto e os pilotos. Eu acho que podemos melhorar mais a GP15. Um dos aspectos a serem melhorados é a travagem, temos que melhorar sem afetar outras áreas. O risco é a cometer erros, você tem que ter muito cuidado"

Dall'Igna toca numa tecla importante, que é a harmonia entre motos e pilotos

"Estou feliz com os dois Andrea e tenho certeza de que podemos fazer grandes coisas com certeza. Eu sempre disse que eu tentei quase todos os anos Dovizioso e agora estou muito feliz de tê-lo na equipe. Iannone tem incrível potencial ainda inexplorado. E cresceu muito em relação a 2014 no Qatar fez a corrida mais inteligente de sua vida e em Austin se ele não tivesse tido que se recuperar, ele poderia fazer muito mais. Não é importante quanto peso tem a moto ou o piloto ou a equipe o sucesso é sempre do grupo "

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